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terça-feira, 7 de junho de 2016

Hoje a aula pode ser do lado de fora?

No último dia 05 de Junho comemoramos o dia internacional do meio ambiente e nesta mesma semana estive lendo uma matéria sobre o fato que crianças de alguns países, incluindo o Brasil, vivem menos ao ar livre do que presidiários. 


Presos dizem que seria tortura ficar sem ir ao ar livre


Me perguntei se isto seria realidade, pois em São João de Meriti, onde moro, a impressão que tenho talvez seja que temos mais crianças brincando nas ruas.


É uma impressão puramente sensorial e sem base ou dados concretos, mas me pergunto se este brincar na rua, seja somente o contato regular com o meio ambiente que elas podem e precisam ter para se desenvolver como pessoas e seres humanos conscientes de sua interação com a natureza.





A questão central que vem nos confrontar inicialmente é, se dispomos de espaços públicos em que possamos vivenciar experiências e atividades físicas de qualidade na Baixada Fluminense.

Acredito que sim, embora a maioria não seja bem aproveitada ou estejam prontos para serem utilizados por nós, por nossos alunos e a população em geral. 



Mas dada a estrutura de algumas cidades da Baixada Fluminense, apesar de toda a poluição que vem afetando nossas nossas cidades,temos bastantes áreas que não foram de todo maculadas pelo avanço das cidades e espaço verde ainda não nos falta!





Depois do  fator acima pensemos nas escolas que devem realizar a educação ambiental e propor aos alunos via os temas transversais: 


  • O quê tem feito para que isso seja aprendido de forma significativa?
  • Como contribuem para que nossos alunos fiquem mais tempo em contato com a natureza e pensem sobre o meio ambiente em que vivem?
  • Possuem elas espaços não concretados entre seus muros?
  • Realizam periodicamente atividades externas na comunidade?
  • E na área Fitness, as academias possuem atividades e programas externos regulares?
  • O personal atende nas praças e espaços públicos do seu bairro? 

Cena do clipe The Wall do Pink Floyd

Ouviremos sim, alguns não, algumas vezes "nem pensar" como respostas, pois o nosso modo de vida (e de educar) sistematicamente urbano, talvez ainda considere nosso contato com o meio ambiente nocivo e perigoso demais, mas não sem razão em vários casos, já que os dias que temos vivido com tantas doenças epidemiológicas, são de total cuidado como nossos educandos.



A atual batalha contra a doença é
um tema atual para se refletir

Agora e se conseguirmos sanar a maioria dos riscos e impedimentos, porque seria impossível todos, como vamos contribuir para que nossos pequenos e pequenas se aventurem fora da caixinha fantástica chamada escola?

Reconhecimento do Espaço, temperaturas, conhecimento da comunidade, noção de tempo (real),localização geográfica, etc... quanta coisa pode ser experimentada e absorvida pelos alunos.

Claro que isso vai dar um trabalho enorme, autorização de pais preocupados (que poderiam participar, diga-se de passagem),
mobilização de funcionários, mais x estagiários, professores fora das salas, coordenadores e inspetores de cabelos em pé etc. 

Mas creio que todo esse esforço é bem pequeno comparado com os ganhos que virão dessas experiências únicas vivenciadas e valerão muito a pena em nome de uma educação viva, de qualidade e que expressa preocupação verdadeira com o meio ambiente: educando os alunos para ele.



por Jefferson de Oliveira
Licenciado em Educação Física

fontes/imagens:


http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2016/06/presidiarios-passam-mais-tempo-ao-ar-livre-que-criancas-afirma-campanha

http://ciclovivo.com.br/noticia/criancas-passam-menos-tempo-ao-ar-livre-do-que-presidiarios/
http://jornalhoje.inf.br/wp/?p=25664
http://www.noticiasdequeimados.com/2016/06/para-celebrar-e-preservar-o-meio.html
http://portalbaixada.com.br/carnaval-sem-barulho-lazer-e-muita-diversao-em-cachoeiras-e-pousadas-da-baixada/

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