Presos dizem que seria tortura ficar sem ir ao ar livre |
Me perguntei se isto seria realidade, pois em São João de Meriti, onde moro, a impressão que tenho talvez seja que temos mais crianças brincando nas ruas.
É uma impressão puramente sensorial e sem base ou dados concretos, mas me pergunto se este brincar na rua, seja somente o contato regular com o meio ambiente que elas podem e precisam ter para se desenvolver como pessoas e seres humanos conscientes de sua interação com a natureza.
A questão central que vem nos confrontar inicialmente é, se dispomos de espaços públicos em que possamos vivenciar experiências e atividades físicas de qualidade na Baixada Fluminense.
Acredito que sim, embora a maioria não seja bem aproveitada ou estejam prontos para serem utilizados por nós, por nossos alunos e a população em geral.
Mas dada a estrutura de algumas cidades da Baixada Fluminense, apesar de toda a poluição que vem afetando nossas nossas cidades,temos bastantes áreas que não foram de todo maculadas pelo avanço das cidades e espaço verde ainda não nos falta!
Depois do fator acima pensemos nas escolas que devem realizar a educação ambiental e propor aos alunos via os temas transversais:
- O quê tem feito para que isso seja aprendido de forma significativa?
- Como contribuem para que nossos alunos fiquem mais tempo em contato com a natureza e pensem sobre o meio ambiente em que vivem?
- Possuem elas espaços não concretados entre seus muros?
- Realizam periodicamente atividades externas na comunidade?
- E na área Fitness, as academias possuem atividades e programas externos regulares?
- O personal atende nas praças e espaços públicos do seu bairro?
Cena do clipe The Wall do Pink Floyd |
Ouviremos sim, alguns não, algumas vezes "nem pensar" como respostas, pois o nosso modo de vida (e de educar) sistematicamente urbano, talvez ainda considere nosso contato com o meio ambiente nocivo e perigoso demais, mas não sem razão em vários casos, já que os dias que temos vivido com tantas doenças epidemiológicas, são de total cuidado como nossos educandos.
A atual batalha contra a doença é um tema atual para se refletir |
Agora e se conseguirmos sanar a maioria dos riscos e impedimentos, porque seria impossível todos, como vamos contribuir para que nossos pequenos e pequenas se aventurem fora da caixinha fantástica chamada escola?
Reconhecimento do Espaço, temperaturas, conhecimento da comunidade, noção de tempo (real),localização geográfica, etc... quanta coisa pode ser experimentada e absorvida pelos alunos.
Claro que isso vai dar um trabalho enorme, autorização de pais preocupados (que poderiam participar, diga-se de passagem),
mobilização de funcionários, mais x estagiários, professores fora das salas, coordenadores e inspetores de cabelos em pé etc.
Mas creio que todo esse esforço é bem pequeno comparado com os ganhos que virão dessas experiências únicas vivenciadas e valerão muito a pena em nome de uma educação viva, de qualidade e que expressa preocupação verdadeira com o meio ambiente: educando os alunos para ele.
por Jefferson de Oliveira
Licenciado em Educação Física
fontes/imagens:
http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2016/06/presidiarios-passam-mais-tempo-ao-ar-livre-que-criancas-afirma-campanha
http://ciclovivo.com.br/noticia/criancas-passam-menos-tempo-ao-ar-livre-do-que-presidiarios/
http://jornalhoje.inf.br/wp/?p=25664
http://www.noticiasdequeimados.com/2016/06/para-celebrar-e-preservar-o-meio.html
http://portalbaixada.com.br/carnaval-sem-barulho-lazer-e-muita-diversao-em-cachoeiras-e-pousadas-da-baixada/
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